Você que já fez um ou vários sets de corte, você já conhece as principais variáveis, mas você sabe como ajustar de forma ideal para atingir um corte perfeito e sem erros?
Vale lembrar que nesse post, nós levamos em conta a nossa máquina, de 3 cavalos e que pode variar para a sua máquina, ainda que tenha a mesma potência. Mas a ideia ainda é a mesma, então leia até o final.
PROFUNDIDADE DE PASSAGEM
Esse provavelmente é o principal parâmetro que temos que observar antes de darmos o play no corte. De um modo geral, a profundidade de passagem é um risco muito grande, tanto para a máquina como para o operador também. Em alguns casos, se forçarmos demais a fresa e entrarmos demais em um material com uma ferramenta muito fina, ela pode quebrar devido ao esforço e ao atrito exagerado, podendo causar sérios problemas.
Mas sim, existe uma forma de cortar os materiais mais espessos com fresas finas, mas como? Bom, para nós, é possível utilizando a simples razão de entrar apenas 1 vez e meia no material, ou seja, com uma fresa de 6mm, podemos entrar até mesmo 9mm dentro do material e não mais que isso. Para cortar o resto já são necessárias mais passagens para completar o corte da peça. Mas existe um porém, que é o caso dos metais ou materiais mais duros que madeiras, como o acrílico também. No caso dos metais nós apenas entramos com a fresa de 0,5mm por passagem que é muito pouco, mas é necessário para a fresa não aquecer demasiadamente, não perder o fio e não quebrar. Já o caso do acrílico que apresenta sim uma maior dureza que as madeiras, porém não tão grande quanto os metais, existe um meio termo dentro da profundidade de passagem.
FEED RATE
O Feed Rate nada mais é que a velocidade que a fresa vai andar nos eixos x e y, ou seja, a velocidade que ela vai se movimentar durante o corte. Acelerando demais, podem ocorrer os mesmos problemas que no caso da profundidade, ou seja, perder o fio e possivelmente quebrar dependendo da dureza dos materiais. Aqui por exemplo, não passamos do limite de 2.500mm/min para cortes de madeira. Já no caso dos metais, nós nos limitamos a utilizar cerca de 500mm/min e no dos acrílicos, utilizamos por volta dos 1.000mm/min.
Utilizar um Feed Rate muito alto, além de estragar a fresa, também estraga o acabamento do material. Claro que isso é consertável, mas em muitos casos acaba gerando um trabalho extra e um tempo desperdiçado que poderia ser utilizado para outros trabalhos que aí sim, exigiriam mais atenção e um acabamento de maior qualidade.
VELOCIDADE DE ATAQUE
Se o Feed Rate é a velocidade horizontal, a Velocidade de Ataque é, por sua vez, a velocidade com a qual a fresa de movimenta na vertical, ou seja, a velocidade com a qual entra no material. O ideal é que entre devagar para evitar a quebra da ponta, afinal, a fresa não foi construída para furação e para ter fio na ponta e sim fio nas laterais, ou seja, entrar muito rapidamente pode romper a ferramenta e gerar prejuízo.
De um modo geral, quando pensamos na velocidade de ataque, temos que levar em consideração a possibilidade de diminuirmos ela e trabalhar em conjunto com um set de rampa, que facilita a entrada da fresa no material, mantendo o acabamento planejado e evitando acidentes.
VELOCIDADE DE ROTAÇÃO
A nossa máquina, aceita uma rotação de até 18.000rpm, mas não chegamos nesse limite para evitar forçar o spindle e evitar manutenções recorrentes, por isso, sempre nos atemos a uma rotação que varia de 12.000 a 15.000 rpm em casos de corte e reduzimos para cerca de 5.000 rpm em casos de furação utilizando uma broca.
PASSO LATERAL
Muito útil para rebaixos, essa variação de parâmetro vai principalmente condicionar o seu acabamento, ou seja, com uma determinada configuração, seu acabamento fica perfeito e em outros casos, nem tanto. Por exemplo: com a utilização de uma fresa de 10mm, se setarmos um passo lateral de 1mm ou seja, 10% do diâmetro da fresa, ela vai deixar um acabamento impecável, porém o seu tempo de rebaixo subirá. Em casos de necessidade de velocidade na hora do corte, o passo lateral pode ficar por volta de 80% do diâmetro da fresa, porém, você não encontrará na peça um acabamento perfeito e bem feito e sim encontrará um acabamento mediano que em alguns casos necessitará de processos posteriores ao corte.
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